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sábado, 12 de maio de 2012

Breve histórico da gestão de recursos humanos, por ILMA REIS DA SILVA

O avanço da tecnologia e a competitividade entre as empresas estão cada vez maiores, exigindo mais flexibilidade nas directrizes da organização. A empresa deve estar pronta para aderir às novas tecnologias, modificar seus produtos e serviços, alterar o comportamento das pessoas, apresentando diferentes características em sua estrutura e em seus processos (FIDELIS e BANOV, 2006).Ainda sob o ponto de vista de Fidelis e Banov (2006), a administração de recursos humanos depende do ambiente organizacional, da tecnologia usada na empresa, das políticas e directrizes vigentes e principalmente da qualidade e quantidade dos recursos humanos disponíveis. Para os autores, a estrutura de recursos humanos varia de organização para organização de acordo com seu histórico e suas necessidades. Portanto, para um melhor entendimento das práticas de recursos humanos, faz-se necessário um breve histórico das fases, que segundo Gil (2006),mais se destacaram no Brasil: De 1890 a 1930, cerca de 80% da população brasileira habitava o campo, o que contribuía para que o poder do assalariado fosse fraco. Não havendo leis que regulamentassem as relações trabalhistas. Não existia função de gestão de pessoas. Para Marras (2000) esta fase era caracterizada pela preocupação existente com os custos da organização, em que os trabalhadores eram vistos apenas sob o enfoque contábil, no qual a mão de obra era comprada, portanto as entradas e saídas provenientes dessa conta deveriam ser registradas contabilmente. A partir de 1930, observam-se alterações significativas nas relações de trabalho no Brasil. Com Getúlio Vargas no poder são criados o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Departamento Nacional de Trabalho, surgindo também, em 1943 a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).Com a consolidação das leis que regulamentavam as relações trabalhistas, as empresas precisavam atender as exigências governamentais, estruturando-se, então, a gestão de pessoas. Surgindo assim, a Seção de Pessoal e o Chefe de Pessoal. A década de 50 ficou caracterizada por mudanças significativas no campo das relações de trabalho e na expansão da indústria siderúrgica, petrolífera, química e farmacêutica, e a implantação das indústrias automobilísticas. Foi criado o Departamento de Relações Industriais e aparece o Gerente de Relações Industriais (GIL, 2006).De acordo com Marras (2000), nessa fase registou-se o aparecimento da função de chefe de pessoal, profissional cuja preocupação era o acompanhamento e manutenção das leis trabalhistas. Entre 1964 e 1973, o país passou por um surto económico e com a evolução da tecnologia os profissionais de recursos humanos começam a ser valorizados, consequentemente, ficaram mais motivados, alterando assim a forma de gerenciar pessoas. Dessa forma, tornou-se necessário então, profissional com habilidades específicas (GIL, 2006). Nesta fase denominada de tecnicista por Marras (2000), foi implantado no Brasil o modelo americano de gestão de pessoas dando a função de recursos humanos o status de gerência. Foi nessa fase que a área de recursos humanos passou a operacionalizar serviços como os de treinamento, recrutamento e selecção, cargos e salários, higiene e segurança no trabalho, benefícios e outros. A década de 80 foi marcada pela recessão económica e pela inflação, com taxas de juros altas. Foram necessários cortes de funcionários e agrupamentos de departamentos para reduzir custos GIL (2006). De acordo com Marras (2000), nessa fase, houve nova mudança na denominação ena responsabilidade do então gerente de pessoal. O cargo passou a se chamar gerente de recursos humanos, mudando assim os procedimentos burocráticos e operacionais, para responsabilidades voltadas para os indivíduos e suas relações. Ainda segundo Gil (2006), com a globalização na década de 90, iniciou-se uma nova fase, com a competição interna e externa, devido á abertura de mercado. A Administração de Recursos Humanos passa a ter uma actuação mais estratégica, dando maior importância ao capital intelectual, valorizando os funcionários, pois são eles que trazem resultados para a empresa. Segundo Fischer et al (2002, p 32): O papel do homem no trabalho vem-se transformando e suas características mais especificamente humanas, como o saber, a intuição ea criatividade, vêm sendo valorizadas, talvez se caminhe para uma transição na qual a empresa finalmente reconheça que se relaciona com pessoas, e não com recursos. Neste contexto, pode-se então inferir que a gestão de recursos humanos foi determinada por imposições externas ao ambiente organizacional, sendo sua evolução fruto das mudanças sociais e culturais, da abertura de mercado e do desenvolvimento tecnológico. Fonte: http://pt.scribd.com/doc/47046098/3/Breve-historico-da-gestao-de-recursos-humanos

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